segunda-feira, 26 de dezembro de 2016

EUA passará a solicitar dados de redes sociais para emitir vistos

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Ao contrário do prometido anteriormente pelo presidente Barack Obama, viajar para os EUA mesmo para passear vai ficar ainda mais difícil para algumas pessoas, principalmente para quem fala o que quer na internet: o Departamento de Segurança Interna aprovou uma nova proposta que autoriza os órgãos de imigração norte-americanos a analisar a presença online de todos aqueles interessados em tirar visto para entrar no país.
A ideia é acrescentar um novo campo de entrada de dados no formulário de solicitação de visto e/ou autorização para viagens a quem precisa, em que o solicitante deverá fornecer os links de suas páginas sociais na internet. Embora tenha sido sinalizada como “opcional”, a gente sabe o quão chatos de galocha os agentes de imigração são com qualquer vírgula colocada fora de lugar ou uma gaguejada durante a entrevista. Logo, quem não adicionar suas redes sociais (considerando que o mesmo possua presença online) ou omitir alguma entrada relevante só estará dando um excelente motivo para seu pedido de visto ser sumariamente rejeitado.
E como podem notar abaixo, o Departamento de Segurança dos EUA deseja cobrir todas as pontas possíveis.
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A proposta visa obviamente identificar potenciais terroristas tentando entrar em solo norte-americano (na verdade é a oficialização de algo que já fazem por baixo dos panos) e não deve afetar cidadãos de países que não necessitam do visto, mas independente disso a novidade foi muito mal recebida por uma série de organizações de defesa à liberdade, direitos civis e privacidade. A American Civil Liberty Union já declarou com todas as letras que o processo vai aumentar a inda mais a discriminação voltada a comunidades árabes e muçulmanos (jura?), e mesmo pessoas com nomes e sobrenomes relacionados (o que não faz muita diferença nesse caso).
Por outro lado, há a preocupação legítima de que tendo posse dos endereços, o que pode ser entendido como uma autorização de escrutínio o governos dos EUA passe não só a fuçar nos conteúdos livres como tenha poder de exigir acesso a conteúdo bloqueado (perfis trancados) junto às redes sociais, além de coletar mensagens e contatos dos candidatos.
Não é essa a primeira vez que o governo dos EUA tenta forçar a barra. A CISA, uma lei de cibersegurança que não seria mais do que uma backdoor enfrentou resistência de empresas como Apple, Dropbox, Google e várias outras. O desejo do FBI de ter acesso livre ao iOS e Android foi outra ação duramente criticada, principalmente pelas autoridades ignorarem o princípio de presunção de inocência. Da mesma forma, a Regra 41 que recentemente entrou em vigor dá plenos poderes ao Bureau para invadir qualquer dispositivo conectado cujo IP seja desconhecido.
De qualquer forma, quem adora meter o pau nos EUA mas vai todo ano fazer compras em Miami deve estar adorando essa nova medida. Thanks, Obama.
Fonte: Politico.

quinta-feira, 22 de dezembro de 2016

Você tem medo viajar de avião? Curso de Fortaleza usa terapia para acabar com fobia!

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Sentir falta de ar, medo e até taquicardia ao sentar numa poltrona de um avião é algo comum para pelo menos 42% dos brasileiros, de acordo com o Instituto Brasileiro de Opinião Pública e Estatística (Ibope). A fobia de voar também atinge muitos cearenses. Contudo, um projeto tenta reduzir essa estatística.
Desde o início deste ano, o Projeto Sem Medo de Voar, em Fortaleza, realiza o tratamento de pessoas que possuem fobia de voar. A iniciativa, que faz parte do Centro de Estudos de Psicologia (Cemp), oferece um tratamento específico para esse tipo de problema.
De acordo com a psicóloga Janna Bezerra, especialista que ministra o curso, ter informações verídicas sobre o funcionamento e as questões de segurança dos aviões é o primeiro passo para o controle do medo.
Ainda conforme a psicóloga, o projeto surgiu devido a necessidade do tratamento direto dos pacientes com o medo. “Pesquisas sobre as melhores formas de tratamento da fobia de viajar de avião não deixam dúvida de que as terapias comportamentais e, particularmente, as técnicas de exposição são as mais indicadas. Ou seja: o importante é levar o indivíduo a tomar contato gradativa e sucessivamente com a situação. Então era muito difícil se ter um trabalho eficaz com o medo de avião. Foi a partir daí que decidimos criar o projeto”, conta. 

Saiba mais
 O curso envolve uma série de atividades durante 45 dias. Durante esse período os alunos passam por sessões de psicoterapia, palestras com psicólogos e com pilotos comerciais, em que eles explicam tudo sobre o voo. “Além de todo esse processo, os pacientes fazem uma visita técnica no avião e, por fim, realizam uma viagem de ida e de volta para alguma cidade próxima de Fortaleza”, explica Janna.
Para Pedro Frota, participante da primeira turma do curso, o medo de avião era algo que ele mesmo não conhecia. “Nunca havia andado de avião e combinei com minha namorada de ir tirar o visto americano, em Recife. O avião era algo incerto para mim, não sabia se tinha medo ou não, pois não conhecia a experiência, mas no dia da viagem, já no corredor para entrada na aeronave, meu corpo gelou, minha boca perdeu a cor, meu coração pulsava e tinha a sensação que iria morrer se entrasse, que ali eram meus últimos minutos de vida”, relata.

Apesar de todo o sofrimento, Pedro encarou a viagem para a capital pernambucana. “Chegamos a Recife, mas eu não conseguia fazer nada, só pensar como seria a volta. Nem dormi no outro dia. O medo foi tanto que eu não consegui voltar. Antes das portas fecharem eu saí correndo”, disse.
Quando ficou sabendo sobre o projeto, no início do ano, Pedro não pensou duas vezes antes de fazer a sua inscrição. “O curso foi maravilhoso, todos os profissionais gabaritados e experts no assunto, o principal é a segurança que você sente em saber que o seu medo é normal e que ele vai passar, basta você querer enfrentar. Nesse ponto, enfrentar o medo, com as técnicas e segurança que eles passam, é o principal objetivo. Hoje, graças ao projeto eu já viajei, em dois meses, quatro vezes de avião, sendo uma experiência maravilhosa, prazerosa”, destaca.
Por ser uma iniciativa nova, ainda são poucas as pessoas que procuram o curso. Ao todo, 13 pessoas se inscreveram nas duas primeiras edições do projeto, que acontece duas vezes por ano.

Como participar?
Os primeiros participante do projeto tiveram que investir R$ 1.900 para perder o medo. Contudo, quem possui a fobia e deseja participar das próximas edições do projeto precisa desembolsar a quantia de R$ 2.200. O próximo curso já está com inscrições abertas e deve ser realizado em março de 2017. As inscrições da próxima turma do Sem Medo de Voar podem ser realizadas através do site do projeto ou na sede da instituição.

SERVIÇO
Projeto Sem Medo de Voar
Inscrições: www.projetosemmedodevoar.com.br
Onde: Rua Tomás Acioli, 576, Aldeota.
Início: 22 de setembro
Mais informações: (85) 3246-5757/ (85) 98893-9899

Por Matheus Ribeiro em Negócios
12 de dezembro de 2016 às 07:00